A iniciativa aconteceu com apoio da Taus Produções Audiovisuais, neste fim de semana de dia das mães, quando a cidade de Botucatu recebeu o cineasta Nilson Villas Bôas, ou simplesmente Bhig, apelido de faculdade que mantém até hoje. Bhig atualmente reside em Itajaí, Santa Catarina, onde está localizada sua produtora SetCom, mas em Botucatu ele compartilhou a infância e adolescência, com amigos como Reinaldo Volpato, Rubinho Rosseto, Ganito e o Maninho Rivaldo Corulli!
O cineasta conversa com o público após as projeções
Tempo curto de visita, mas o sumo é grosso. Entre as várias lembranças, a casa dos avós, lotérica do pai, os cinemas de rua e as visitas de Orlando Villas Bôas... Esta semente do primo distante Villas Bôas que germinaria anos mais tarde no documentário de longa-metragem
O Último Kuarup Branco, exibido na mostra que contou com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Botucatu.
Foram dois dias de exibição de filmes de diversas fases da carreira do diretor. Além do longa-metragem sobre Orlando Villas Bôas e o parque do Xingu, foram exibidos os curtas-metragens de ficção da época da Embrafilme
A Mulher do Atirador de Facas, com Ney Latorraca e Carla Camurati, e
Frio na Barriga, com o dançarino Ismael Ivo. E os curtas-metragens documentários realizados em parceria com a RBS (Globo Santa Catarina)
Silvio Pléticos, um artista em construção, Palavra a Palavra, Caro Mr. Muller... e
Semente Japonesa que retratam personagens sobreviventes, artistas, pesquisadores e culturas que o Brasil incorpora e acolhe generosamente: o japonês, o alemão e o iugoslavo. São filmes doces, que desvendam seus personagens sem pressa e os respeitam, permitindo ao espectador ouvir suas vozes.
Os dias foram agitados, além da exibição dos filmes na sexta-feira no Teatro Municipal de Botucatu, antigo Cine Paratodos, e no cineclube Ybitu Katu, aconteceram entrevistas nas rádios PRF-8, Rádio Municipalista, Rádio Clube, Criativa FM e para o jornal Diário da Serra.
Bhig e Reinaldo Volpato, durante a entrevista na rádio PRF-8
Como praxe da atividade cineclubista, aconteceu o bate-papo com o diretor após as sessões e Bhig pode falar sobre seus filmes e constatar sua receptividade junto à população da querida Botucatu. Preocupado com a invasão do filme hollywoodiano que banaliza a violência e a recepção do espectador que acha isto “normal”, discutiu a maior participação do filme brasileiro independente no mercado e novas formas de exibição.