Diário de Bordo

ESTRANHAS COTOVELADAS

Diário de Bordo


2011





 


 





Botucatu, 05/03/2012 Diário de Bordo – Pouca coisa não deu certo nesta nossa pré-produção e a mais relevante refere-se à marca do filme. Não conseguimos chegar a um consenso. A Odyn Comunicação realizou vários estudos, mas nenhum convenceu corações e mentes dessa equipe tão atenta.

Mas estamos na batalha. Novos estudos serão realizados e certamente chegaremos a bom termo. As pessoas são criativas e temos ainda tempo pra decidir sobre isso. Terminamos aqui essa primeira fase do nosso Diário de Bordo, que será apresentado para a Prestação de Contas junto à Secretaria de Estado da Cultura. Continuamos cobrindo todas as atividades relacionadas à produção do filme.
A Karen Marchetti, da Método e a Natália Petrechen finalizam os dados da contabilidade. Ainda essa semana Reinaldo se reúne para dar as aprovações finais, acomodar todos os documentos solicitados, encerrar as contas bancárias e até meados de março entregaremos todo esse material na SEC/PROAC. Esperamos ter cumprido todas as metas estabelecidas e aguardamos a aprovação de nossas contas e da re-inscrição do projeto no PROAC-ICMS 2012.
Vale, como diria Dom Quixote!



Rio de Janeiro, 01/03/2012
Diário de Bordo
– Aconteceu nesse dia o encontro mais esperado do Congresso, que nós aguardávamos com ansiedade: o presidente da ANCINE, Manoel Rangel, falou sobre a nova Lei 12.485. Chegamos ao congresso as 08:30hs e, mesmo neste horário bem matinal, a sala estava completamente tomada. Tanto que ficamos em pé durante boa parte da apresentação. Depois conseguimos assento e acompanhamos com atenção a fala de Rangel. As novidades são excelentes, o mercado audiovisual ganha uma legislação importante. Um dos principais objetivos da nova lei é aumentar a produção e a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, diversificado e de qualidade, gerando emprego, renda, royalties, mais profissionalismo e o fortalecimento da cultura nacional. A explanação do presidente da ANCINE alimentou um debate e ao final, Reinaldo cumprimentou Manoel Rangel, ainda descendo do palco, declarando que “sua liderança é um conforto para a produção independente no Brasil”.






Como temos o filme Estranhas Cotoveladas registrado na ANCINE, para ter a possibilidade de captar verba de financiamento, e temos algumas burocracias a cumprir, Reinaldo aproveitou e adiantou nessa primeira conversa a necessidade de uma audiência com o presidente. Manoel Rangel foi extremamente atencioso e pediu que o acompanhássemos e que ali mesmo colocássemos nossas dúvidas. Mas os jornalistas e uma rede de TV “raptaram” nosso presidente que solicitou ao cineasta um email explanando a questão. O melhor aconteceu depois: em uma atitude surpreendente, quando saiu da entrevista na sala isolada e ia atravessar o saguão para deixar o hotel, Manoel Rangel viu Reinaldo no ambiente e o chamou: “Reinaldo, vem comigo”. E a “reunião” aconteceu ali mesmo e foi magnífica. Rangel ouviu todas nossas reivindicações adiantando as medidas que devemos tomar. Esse encontro veio mostrar mais uma vez o prestígio que nosso diretor tem no meio cinematográfico e o respeito que recebe de seus parceiros e amigos – fruto de um trabalho consciente e honesto que realiza em todos os seus mais de trinta anos de carreira. Nossa viagem ao Rio foi um sucesso!




Rio de Janeiro, 29/02/2012 
Diário de Bordo - O sol batia forte, acima dos 35 graus quando chegamos ao hotel Windsor, na Barra da Tijuca, para o congresso Rio Content Market. Na fila de credenciamento já sentimos a importância do evento, com a variedade de sotaques que se apresentavam às recepcionistas para a retirada dos crachás que permitiam acesso às múltiplas atividades do encontro. E começaram as surpresas: na nossa fila, o diretor Reinaldo Volpato é cumprimentado com carinho por alguns dos parceiros com que trabalhou na TV Brasil, onde foi gerente executivo de programação durante quase dois anos no início das atividades da emissora. Todos foram unânimes em confirmar: “você (Volpato) é muito querido na TV Brasil”. 






Depois das trocas de informações, Reinaldo colocou aos amigos a posição atual do nosso projeto e recebeu do José Araripe, gerente da área de jornalismo, a afirmação carinhosa: “estamos abertos para tudo que você precisar”. Crachás devidamente confirmados, fomos fazer nosso network e Reinaldo encontra e conversa com Zeca Zimmerman, relações internacionais e Ricardo Villas, gerente de música, ambos da TV Brasil. E, finalmente, Rogério Brandão, atual Diretor de Programação e Conteúdo da EBC/TVBrasil. 
Participamos de várias palestras e nos corredores encontramos outros produtores e também conhecemos duas empresas que esperamos possam se integrar no projeto Estranhas Cotoveladas ou em projetos futuros da empresa. Um encontro importante foi com Laura Fazoli, uma das executivas da Elo Company, empresa brasileira que distribui aqui e principalmente no exterior produções nacionais, e que conta hoje com 700 títulos em seu catálogo. Antecipamos nossa intenção de negociar a distribuição internacional do nosso filme, fomos bem recebidos e devemos ter reunião mais adiante para determinar como desenvolver essa parceria.
  

Enquanto isso, Volpato tentava um contato com a atriz principal do filme – Maria Pinna – mas a agenda da estrela não permitiu que ela nos encontrasse. O ator Antonio Pompêo, que vai interpretar o Zé da Véia, também está em ritmo frenético nas gravações da novela Rebelde da TV Record – quando conversamos ao telefone ele entrava em gravação, das 10 horas da manhã, e o última mensagem que recebemos de seu celular avisava que ainda gravava a última cena, prevista para as 21 horas. Sem nossos atores, passamos a nos dedicar ao Rio Content Market. Foi quando aconteceu outro encontro importante: Reinaldo Volpato e Roberto Dávila, diretor da Moonshot (produtora entre outros do seriado 9MM, exibido pela FOX) trocam figurinhas e agendam reunião em São Paulo. Dávila ficou entusiasmado com o projeto Estranhas Cotoveladas e com os outros produtos que a Taus deve desenvolver na sequência do longa metragem, como as séries de documentários Etanol, Inventário do Sucesso, e A Ressurreição das Águas.

Botucatu, 25-27/02/2012

Diário do Bordo – Uma semana agitada, mas gratificante. Saímos de Botucatu, depois de um trabalho intenso de finalização deste Relatório de Atividades e Metas, que acompanha os registros da prestação de contas que faremos em março ao ProAC/ICMS, da Secretaria de Estado da Cultura. Natália trabalhando a mil por hora. Graças ao apoio de nossos patrocinadores, que foram sensibilizados com nossa proposta, captamos R$ 600 mil dentro desse programa. Isso nos permitiu que desenvolvêssemos um primoroso trabalho de pré-produção – visitamos e fotografamos muitas locações e definimos os principais “cenários” do nosso filme, com destaque para a Fazenda dos Bambus, um brinco verde no coração da cuesta, que vai permitir realizar grande parte das filmagens; definimos o elenco principal e secundário do filme; determinamos os conceitos para a direção de arte do filme (figurinos, cenários, acessórios). Fechamos, portanto, o nosso Diário de Bordo – que compõe esse relatório – e partimos para a última etapa desse trabalho inicial. O mercado de audiovisual passa por mudanças significativas, com a entrada em vigor esse ano da nova Lei 12.485/201, que regula a produção de conteúdo nacional. A Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão – ABITV realiza, na próxima semana, no Rio de Janeiro, um congresso importante nessa área, o Rio Content Market, onde produtoras terão possibilidade de apresentar seus projetos não apenas para o mercado de TV nacional, mas principalmente para grandes redes e emissoras do exterior, como Estados Unidos, Reino Unido, França, Índia. Durante o encontro será realizada também uma série de palestras que discutirão a situação atual da produção audiovisual no mundo, os formatos, as novas tecnologias. Nosso diretor Reinaldo Volpato, o produtor Farid Tavares e o assessor de imprensa Luiz Carlos Lucena estarão presentes no evento. A atenção principal está na palestra do presidente da ANCINE, o cineasta Manoel Rangel. Reinaldo está procurando agendar uma reunião com ele.


Rio de Janeiro, 22/02/2012 
Diário de Bordo – Direto do camarote da Brahma, na Sapucai, o repórter da rede Bandeirantes pergunta a Maria Pinna qual seu novo projeto de trabalho. Nossa estrela responde: "Meu próximo trabalho vai ser o filme "Estranhas Cotoveladas", do Reinaldo Volpato, um projeto muito bom!”

Botucatu – 15/02/2012
Diário de Bordo – Dia feliz, graças a Deus. Os advogados Rubens Muszkat, do Instituto Jatobás, e Junot de Lara Carvalho, da Taus Produções Audiovisuais, reuniram-se na Fazenda dos Bambus com o diretor Reinaldo Volpato e o produtor Rivaldo Corulli e acertaram os termos do contrato de locação para a realização do filme. Entre mapas, listas e análise técnica ficou acertado que serão 8 semanas de filmagem, com equipe de até 60 pessoas, em jornadas diárias e noturnas. Grátis! Cada locação foi anotada no mapa da fazenda, com a ajuda do administrador Eliseu Pinheiro, que se tornou parceiro e colaborador do filme. 



O Eliseu nos levou várias vezes a visitar todas as locações, com paciência, dedicação e nos brindou com todo seu conhecimento do local. Levaremos os equipamentos e os veículos, alimentação para equipe e tudo o mais. Poderemos usar todas as locações solicitadas e os objetos de cena (feitos de bambu) que forem necessários. Há ainda outra vantagem: o hotel-fazenda onde hospedaremos a equipe fica há apenas 4 quilômetros da fazenda, o que também colabora muitíssimo em termos de economia de gastos e logística de produção. Uma beleza! 

O contrato estará pronto para assinatura na próxima semana. Agora é esperar passar o Carnaval...





São Paulo, 13/02/2012
Diário de Bordo
– Estamos chegando à fase final da pré-produção, e a equipe do filme foi recebida na Secretaria de Estado da Cultura pelo Rogério Favorino da Cunha, assistente técnico do PROAC-ICMS, que muito atencioso tirou nossas dúvidas sobre procedimentos, formas de ajustes do processo e outros detalhes técnicos. Consideramos essa prestação de contas de extrema importância, por isso fazemos questão de manter total transparência nesse processo, pois o PROAC é um instrumento muito valioso no fortalecimento das atividades culturais e artísticas no interior do Estado de São Paulo.







Neste mesmo dia estivemos com a Karen Marchetti, da Método Contabilidade, acertando as contas da nossa pré-produção. Centenas de documentos, muitas rubricas, necessidade de extrema atenção. Estamos chegando ao final da prestação de contas, preenchendo os documentos indicados pelo Manual de Prestação de Contas, conferindo números, redigindo o relatório final. Queremos entregar tudo no início de março, para podermos inscrever novamente o filme no PROAC/ICMS 2012, a fim de garantirmos o segundo incentivo proposto pela Usina São Manoel.


São Paulo – 12/02/2012
Diário de Bordo –
Mais um acontecimento importante veio valorizar nosso projeto, com o convite e a recepção calorosa do ator Mairun Castro Sevá, que vai interpretar o personagem Tato Cariola. Mairun é bacharel na área do teatro, ator dedicado que desenvolve no momento um trabalho importante, com o seu grupo, na favela Heliópolis e acaba de voltar de uma viagem à Guiné Bissau, onde desenvolveu um projeto de oficinas teatrais junto às comunidades locais.


Mairun e seu grupo estão finalizando os ensaios de um novo espetáculo, a peça Último Pássaro, dirigida pelo canadense Frank Totino, que estréia dia 29 de fevereiro no CEU Meninos, na favela Heliópolis. A peça deverá ser apresentada ainda neste ano no Teatro Gino Carbonari, em Botucatu.
Mais alegria: estabelecemos contato com o ator Antônio Pompêo. Ele topou, com bastante entusiasmo e interesse, fazer o Zé da Véia. O diretor adiantou que o personagem não precisa ser estereotipado e ele gostou muito da idéia. Vamos nos encontrar no Rio de Janeiro, onde ele grava novela da Record. Estamos indo pra lá o Farid, o Lucena e o Reinaldo participar da RioContentMarket: relações internacionais.


Botucatu – 10 e 11/02/2012
Diário de Bordo – A diretora de arte Valéria Valadão esteve em Botucatu para identificar as locações na Fazenda dos Bambus, do Instituto Jatobás, presidido pela empresária Betty Feffer, onde será cenografado o Sítio Itapedra, do personagem Tiê Paixão. Esse trabalho possibilitou ao diretor e roteirista Reinaldo Volpato dar os últimos ajustes no enredo do filme, acertando movimentos e eixos. E com as fotos da estagiária Raíza Carvalho pode ilustrar o roteiro com mais acuidade.
 





As locações são exuberantes. Além de existir a casa redonda similar a que a Valéria havia projetado (o que vai economizar muito da verba destinada à cenografia), conseguimos outras 10 locações do Sítio Itapedra, onde serão filmadas 56 cenas, quase 60% da produção. Isso representa uma grande vantagem para nosso orçamento e condições de trabalho.

Botucatu – 01/02/2012


Diário de Bordo – A Ivana Modena, assistente social que nos apresentou a aldeia indígena de Braúna, esteve conosco tratando do assunto. Fizemos contato com lideranças de São Paulo, com a FUNAI de Bauru e com nosso companheiro Maksuara Kadiwell, que tem nos dado assessoria desde o início da redação do roteiro, sobre as questões indígenas. Para cumprirmos a agenda Botucatu, São Paulo, Araçatuba, Braúna, foi necessário fretar um avião que coubesse toda a equipe. As coisas estão encaminhadas, mas talvez teremos que trocar a locação da aldeia indígena.




Botucatu – 23/01/2012
Diário de Bordo –
A equipe do filme foi visitar a escola Artistas S.A e o teatro Gino Carbonari, da atriz Fabiana Godoy, que também vai integrar o elenco do filme interpretando a Marta, esposa do Tato Cariola, dono do bar Por do Sol, onde os outros personagens se encontram. Tato Cariola é um personagem real e uma referência do diretor Reinaldo Volpato ao dono do bar que ele frequentou na juventude, nessa cidade.

 






Fabiana está muito entusiasmada com o filme e se prontificou a apresentar várias empresas que têm a possibilidade de incentivar com seus recursos fiscais. Cinco propostas foram encaminhadas e estamos aguardando respostas (Cachaça 51, EMBRAER, Cozam, Via Oeste/CCR, Koch Tavares). O comendador Pedro Tortorella, que nos apresentou à Usina São Manoel, investidora de recursos do PROAC/ICMS no filme, apresentou-nos também o empresário Clodoaldo Antonangelo que está levando o projeto a outras empresas, prospectando recursos federais do imposto de renda.
Reinaldo já acertou uma parceria com Fabiana e seu marido e sócio, Murilo Carbonari, e vai utilizar as instalações da escola e o teatro para os ensaios com os figurantes e o elenco do filme. Além disso, vamos realizar no teatro nos dias 20 e 21 de março uma nova leitura do roteiro, assim como fizemos no SESC/Rio Preto e na Universidade Federal de São Carlos. Está sendo agendada também outra leitura do roteiro no início das aulas dos estudantes da Faculdade de Agronomia da UNESP/Botucatu.



São Paulo – 04 e 06/01/2012
Diário de Bordo - Maria Pinna confirmou ao site do IG que vai fazer o seu primeiro longa-metragem, dirigido por Reinaldo Volpato. “Vou interpretar Ella Trieste, a protagonista do filme. É uma médica do interior que vai se envolver em um triângulo amoroso”, contou a namorada de Rômulo Arantes Neto. Outra notícia sobre a atriz repercute na revista Contigo, no site Notícias RSS e está bombando pela net: um time de beldades marcou presença na manhã desta terça-feira (10) no desfile da grife Cavendish, durante o segundo dia do Fashion Business, na zona sul do Rio de Janeiro. Maria Pinna esteve entre as que conferiram as novidades da coleção de inverno da marca.
E a informação continua repercutindo: dois blogs que congregam fãs da nossa estrela reproduzem foto da atriz com o cineasta Reinaldo Volpato, diretor do Estranhas Cotoveladas, e comentam o ensaio fotográfico que ela realizou para a revista VIP. Acompanhem essas novidades, fotos e vídeos da Maria Pinna nos endereços:  http://fcmariapinna.blogspot.com/  e http://fcofamiliaannip.blogspot.com

A Raíza Carvalho começou a trabalhar como estagiária no filme. Na verdade ela já vinha realizando algumas fotos esporadicamente, mas o contrato foi finalmente assinado pela prof. Toshie Nishio e pelo vice-coordenador do Curso de Imagem e Som, Prof. Adriano S. Barbuto. Bem-vinda, Raíza!
 






São Paulo – 04/01/2012
Diário de Bordo - A revista VIP traz na capa de janeiro e em 14 páginas internas, entrevista e fotos da nossa diva Maria Pinna. Na capa a revista coloca como chamada que Maria Pinna é “Nossa aposta para 2012”. Nós também apostamos na atriz: três meses antes ela se reuniu com o cineasta Reinaldo Volpato e foi convidada oficialmente para fazer o papel da doutora Ella Trieste. A personagem marca o filme e se coloca como o vértice mais agudo do triângulo amoroso formado com os dois oponentes masculinos, o usineiro Pedro Álvares (o ator Domingos Meira) e o agrônomo Tiê Paixão (Thiago Luciano).






Maria Pinna sai da série Malhação, da rede Globo, direto para a capa da VIP – e a aposta da revista confirma o acerto em convidá-la para ser a nossa estrela. A atriz falou sobre sua participação, conforme reprodução do texto abaixo.


 



São Carlos – 19/12/2011




Diário de Bordo – Conforme programado durante a leitura do roteiro, o assessor de imprensa Luiz Carlos Lucena e a Profa. Toshie realizam entrevistas presenciais com cada aluno que havia se inscrito para trabalhar como estagiário no filme. A conversa com os alunos foi bem informal e muito proveitosa, todos se mostraram muito interessados em participar do projeto, alguns inclusive afirmaram que estavam dispostos a postergar a matricula de algumas disciplinas para cumprir o cronograma de filmagens, o que foi descartado pelo diretor. No final, foram escolhidos doze alunos, que vão atuar como estagiários remunerados nas áreas de Produção, Direção, Fotografia, Arte e Montagem. 

Essa imensa quantidade de viagens pelo interior de São Paulo tem proporcionado o conhecimento de lugares muito favoráveis para serem filmados do helicóptero, ilustrando a cena1.1 do filme. No caminho de São Carlos pra Botucatu passamos por Itirapina, onde há uma pequena estrada de pista dupla que tem no canteiro do meio uma pequena mata nativa preservada. Do alto deve ser uma imagem bonita, principalmente porque o trevo com a Via Washington Luís é enorme e cheio de alças, uma verdadeira obra de arte, como os construtores costumam dizer. E ainda tem uma plantação de laranja que deve ser a maior do mundo, imensa, verde e amarela, linda.


Percebido isso fomos anotando os lugares onde tem paisagens que interessam ao filme, sempre seguindo a direção do rio Tietê, da Capital pro Interior: a construção de várias novas indústrias, em fileira, beirando a Via Castelo Branco logo no início; o Rio Tietê em vários pontos, principalmente na represa do Rio Bonito, perto de Botucatu; o Rio de Piracicaba com suas corredeiras espumantes; seguindo a Via Anhanguera há várias extrações de minério, uma imagem improvável para o interior paulista; as estradas vicinais com o trânsito dos treminhões de cana; as várias usinas de cana-de-açúcar fumegando exageradas; as paisagens de morros e montanhas da região de Águas de São Pedro e Santa Maria da Serra; a hidrelétrica de Ibitinga, que sempre está vertendo enormes cachoeiras de água; os campos amarelos de melissa que existem na Via Mal. Rondon, caminho para Araçatuba; claro que a cuesta de Botucatu, um bolsão ecológico privilegiado no meio das plantations de cana. E as cenas indicadas pelo próprio roteiro do filme, os centros urbanos, plantações, fazendas, e, principalmente, Torre de Pedra.
São Carlos – 05 e 06/12/2011
Diário de Bordo - Um encontro fantástico reuniu um grupo de alunos de cinema do Departamento de Comunicações e Artes da Universidade Federal de São Carlos e o diretor Reinaldo Volpato, para uma leitura e debate sobre o roteiro do “Estranhas Cotoveladas”. A coordenação da iniciativa foi da professora Débora Burini, que conseguiu o auditório da reitoria para a apresentação.







A iniciativa também foi a forma encontrada pela equipe para aproximar os estudantes do projeto. O diretor já havia discutido com a UFScar, na pessoa da prof. Toshie Nishio, coordenadora de estágios do DAC, a possibilidade de contratar estagiários na escola para as filmagens. Antes da leitura, Volpato anunciou e reforçou seu interesse em ter um grupo de estudantes trabalhando na produção do filme, e abriu as inscrições para os interessados.
Volpato deu início à apresentação falando sobre como fez a “escritura” do roteiro, as pesquisas que realizou, o que os personagens representam para ele. No auditório mais de vinte alunos acompanhavam atentos sua fala. A seguir, foi aberta a leitura. Um aluno ficou responsável por ler a descrição das cenas. Outros passaram a ler os diálogos. Ao mesmo tempo o texto com a formatação original era projetado em um telão, para que todos pudessem acompanhar a leitura. Em determinados momentos, Volpato interrompia a leitura para fazer algumas considerações.
É impressionante como essa iniciativa traz resultados positivos. Ao acompanhar o texto na tela e na voz dos narradores – sem interpretação acentuada, apenas com algum destaque na pontuação das falas – os outros alunos presentes se envolvem com a narrativa, acompanham as descrições, os diálogos. Esse tipo de leitura tem a vantagem de projetar na cabeça de todos uma compreensão visual do filme, os cenários, antecipa de certa maneira a caracterização dos personagens. Através da articulação do assessor de imprensa Luiz Carlos Lucena, todo o debate foi gravado com duas câmeras por alunos responsáveis pela Revista Universitária Audiovisual - RUA, editado em uma mesa simples de corte e transmitido ao vivo pelo site da revista. E todo o material está arquivado e disponível no site (www.ufscar.br/rua), no menu arquivos, dezembro/2012. Além dessa transmissão ao vivo, a repórter Stella de Oliveira, da TV Brasil e TVE São Carlos fez uma entrevista com o diretor, que foi ao ar no mesmo dia. E os jornais da região publicaram matérias a respeito do encontro.

No final do primeiro dia, os alunos começaram a apresentar suas dúvidas e questionamentos, principalmente com relação aos personagens principais. O debate esquentou no segundo dia, quando Reinaldo expos aos alunos o resultado da leitura crítica do cineasta e roteirista Rogério de Moura; ele fez uma análise profunda e pormenorizada de cada personagem, do enredo, da forma da redação do texto. Muito crítico, analisou o personagem Pedro Álvares como um sujeito muito chato, sem carisma, que torna o interesse de Ella por ele inverossímil. E achou o filme muito descritivo, com muitas soluções narrativas apoiadas nos diálogos e não nas cenas, nas imagens. Os alunos discordaram veementemente, sugerindo que o Rogério não entendia nada do universo caipira, interiorano.  Mas as discussões avançaram e geraram em torno do roteiro questões sobre a estrutura do enredo, dúvidas principalmente sobre a postura dos dois personagens masculinos principais – o agrônomo Tiê Paixão e o usineiro Pedro Álvares. Reinaldo confessou: “o debate foi super importante, esses estudantes são porretas, me obrigaram a rever e reescrever algumas passagens do roteiro, prestar atenção às gírias; vou trabalhar o assunto urgente”.
A rotina do segundo dia foi intensa também antes da sequência de leitura. Reinaldo Volpato e Toshie deram entrevista de uma hora na rádio da universidade, e nosso diretor ainda deu outra entrevista para Amanda Castro, repórter da RUA, Revista Universitária de Audiovisual, publicada em janeiro.
No dia seguinte ainda foi possível conhecer e fotografar algumas locações em São Carlos e fazer uma reunião com a Telma Olivieri, coordenadora de Artes e Cultura da Prefeitura de São Carlos, que colocou à disposição da produção todo apoio que for necessário. Assim, com as de Botucatu, Rio Preto e Pardinho, já temos o apoio institucional de quatro prefeituras.





Botucatu – 03/12/2011
Diário do Bordo – Visitamos a Fazenda Bambu, cenário incrível que será a locação do sítio Itapedra. Lá deve acontecer grande parte do filme, com o nosso personagem Tié Paixão convivendo com seus fiéis escudeiros, o índio Jerry Adriani e o Zé da Veia. É lá também que Ella vai se sentir á vontade com o namorado - murmúrio de cachoeira, palhoça de sapé!, ela diz. 
Essa locação fantástica tem a casa do Tié no ponto central - exatamente o que Reinaldo tinha em mente e como planejou a diretora de Arte Valéria Valadão – cercada com vielas, caminhos, árvores centenárias, cachoeira, espaços confinados e uma gruta pré-histórica com suas paredes onde se vê o arenito basáltico que é a base da formação geológica da cuesta de Botucatu. A gruta onde o índio Jerry Adriani vai surtar, quando percebe na água a ameaça trazida pelo Pedro Álvares, adversário de seu amigo e protegido. E a cachoeira próxima, onde o mesmo Jerry Adriani vai conversar com a mãe d´água Iara, que será interpretada com pela atriz Fabiana Serroni. A cachoeira que atrai os estudantes que vão fazer estágio no sítio e atiça o interesse do corretor Paulo Itacaramby.
Um cenário fantástico, que vai colorir de natureza e beleza todo o filme.





Botucatu - 30/11/2011
Diário de Bordo – Foi tudo muito louco, mas bem legal. Primeiro porque chegamos a São Paulo antes das 10 horas e, na Marginal Pinheiros, pegamos um monstro de congestionamento; levamos mais de uma hora para andar os 6 quilômetros entre a Cidade Universitária e a Avenida Europa onde fica o MIS – Museu da Imagem e do Som. Claro que chegamos atrasados. O Zelé Volpato, filho e sócio do diretor foi receber o prêmio em seu lugar. Mas chegando lá o Reinaldo Volpato já foi se enturmando com os outros cineastas contemplados, com seus colegas e pode assinar o Termo de Compromisso, que lhe garantiu o prêmio que foi aumentado. No lugar dos 420 mil anunciados, foram concedidos 463 mil reais para o Estranhas Cotoveladas. Muito legal mesmo. Em conversa com o diretor do MIS, o cineasta André Sturm, o diretor pode dedicar o prêmio ao movimento cineclubista paulista, nas figuras dos cineclubes Cauim de Ribeirão Preto e Ybitu Katu de Botucatu,  que levam o cinema brasileiro para o Interior do estado; também dedicou o prêmio para a Revista do Cinema Caipira, de Rio Claro, para os integrantes da equipe da pré-produção, para os estudantes de cinema da UFSCAR que serão selecionados para fazer estágio no filme e ainda para os caipiras Chico Múrcia e Angelino de Oliviera. Depois de muita fotografia deu tempo pra equipe de produção ir pro escritório do Farid inscrever o projeto no edital da Eletrobrás, antes da tempestade que inundou a Capital novamente. Aí foi voltar pra Botucatu pra continuar a rotina de trabalho para a integral viabilização do filme. Labor, alegria, labor, alegria, labor!


São Paulo - 27/11/2011
Diário de Bordo – Hoje é domingo mas o clima, além da festa, é de trabalho. Estranhas Cotoveladas ganhou o prêmio Fomento ao Cinema da SEC/SP; dos 107 concorrentes ele ficou entre os 10 melhores. A entrega do prêmio será na terça-feira, 29, no MIS, em São Paulo, com a presença do secretário da Cultura Andréa Matarazzo. A alegria da equipe se deve também ao fato de que fechamos, no sábado à tarde, uma excelente parceria com a Betty Feffer, presidente do Instituto Jatobás, autorizando a utilização da Fazenda dos Bambus como cenário. Todas as cenas de Itapedra poderão ser filmadas lá, o que colabora muito com a produção, facilitando os trabalhos e viabilizando a agenda das filmagens. O diretor está especialmente contente por isso. Com essas duas ações ganhamos mais energia e mais confiança de que nosso cronograma será cumprido. Cinema é cachoeira, disse Humberto Mauro, cineasta caipira mineiro!




Botucatu - 15/11/2011
Diário de Bordo - as duas principais revistas de Botucatu e região dão destaque ao filme. a Revista Botucatu Especial publica 3 páginas dando um panorama geral sobre o filme. A revista QG traz na capa a foto do nosso ator Domingos Meira, que apresentou a entrega de troféus na festa de aniversário da publicação e no miolo uma entrevista de 3 páginas com nosso Tiê Paixão, o ator Thiago Luciano. Vejam os destaques abaixo:





São Paulo - 09/11/2011

Diário de Bordo – Reinaldo está em São Paulo, participando na Cinemateca Brasileira do Simpósio de Pós-Produção Criativa, encontro que reúne especialistas e técnicos e que discute os últimos avanços na captação, edição e pós-produção de imagens. Na mesma semana a Revista do Cinema Caipira publica o terceiro texto acompanhando nossa produção, desta vez com o tema Dublagem X Legendagem, escrito pela Sylvia Bahiense, responsável pela área de Relações Internacionais do filme. No dia 11, sai a revista Botucatu Especial (www.botucatuespecial.com.br), com edição especial de 150 páginas, duas delas com a reportagem Botucatu em Cinemascope, que fala sobre todo o projeto do filme, atores, locações. Nos próximos dias deve sair outra publicação, a revista QG, (www.revistaqg.com.br) que completa dez anos e traz entrevista exclusiva com o ator Thiago Luciano.

Estamos agora no aguardo das definições finais com relação ao prêmio Fomento do Cinema, da Secretaria de Estado, no qual contamos com o apoio da Sabesp, que se interessa em participar do projeto. Aguardamos também a definição final da Natura, das Casas Pernambucanas, que estão analisando respectivamente o projeto de produção da trilha sonora e uma ação de merchandising. E também da IRIZAR, fábrica de ônibus de Botucatu, que se mostrou muito receptiva ao projeto; fomos apresentados pelo prefeito João Cury Neto e temos grande expectativa de que haverá aí uma parceria produtiva.

Esperamos que o final de novembro traga boas surpresas, para que possamos continuar com nosso processo de produção, e que ele possa culminar com o planejamento que impomos em nosso projeto e que as filmagens se iniciem no final do próximo mês de março, como previsto.


Botucatu – 25/outubro/2011 

Diário de Bordo - estamos cumprindo a contento todas as nossas metas na Pré-Produção, com a exceção da captação de recursos incentivados pela Lei do Audiovisual, que prevê renúncia de uma porcentagem do IR pago por empresas que declarem lucro real.  Encontramos locações de tirar o fôlego nessa maravilhosa “cuesta” de Botucatu. Avançamos bastante em nosso relacionamento com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e deveremos empregar doze estagiários do Curso de Audiovisual, nas mais diversas áreas do filme; além de aula de direção cinematográfica dada por Reinaldo, ainda agendamos a leitura do roteiro com os alunos no auditório da Reitoria.



Encontramos, depois de muita procura, e em momentos diferentes, os três atores principais do filme. Maria Pinna viverá o papel de Ella Trieste, Domingos Meira será o Pedro Álvares e Thiago Luciano interpretará Tiê Paixão. Três atores do Interior do estado de São Paulo (respectivamente, Ilha Bela, Botucatu e Sumaré), vivendo momentos fortes em suas carreiras e que estão fascinados com a realização do filme.






Tudo indica que seguiremos nosso planejamento de filmar com a bela luz do outono, em março/abril/maio.  Mas se alguém tiver acesso a empresas que declarem lucro real e paguem Imposto de Renda, por favor, avise-nos!!!…




Botucatu – 15/setembro/2011 
Diário de Bordo - positivamente Botucatu traz bons ares!... Avançamos muito, em diversas áreas: o prefeito João Cury nos recebeu de braços abertos, o secretário da Cultura  Osny Ribeiro é violeiro e parceiro antigo, o seu Gil Araújo, exibidor com mais de sessenta anos de experiência e mais de cem salas pelo Interiorzão, nos estimula, aconselha, apresenta a distribuidores!  Avançamos na área da direção de arte, o filme tem uma palheta de cores, a casa principal está projetada e resolvida tecnicamente da melhor maneira, por meio da bio-arquitetura.

Contratamos uma agência de publicidade, a Odyn do Evandro Hernandes e do Dennis Oliva, que tem agências em Catanduva e São José do Rio Preto e que está criando a identidade visual do filme, cartaz, família de letras.  Contratamos um conceituado escritório de advocacia de Botucatu, o do Dr. Junot  Lara Carvalho, para nos prestar assessoria jurídica desde a pré-produção, preparando os contratos com equipe e elenco. Dentro em breve teremos notícias auspiciosas sobre elenco... A imprensa acompanha e noticia o filme. O Jornal Cruzeiro do Sul, de Botucatu, faz matéria de meia página, o jornal O Regional, de Catanduva, também dá espaço, blogs e jornais de internet reproduzem material sobre o filme e falam dos atores.
 


A Revista do Cinema Caipira começa a publicar a primeira de uma série de textos que mensalmente vai falar sobre questões de linguagem, soluções técnicas e sobre o elenco do filme. Na rádio, Reinaldo Volpato e Guilherme Lisboa dão entrevista de uma hora e falam sobre o processo de produção.





Botucatu, Rua das Tulipas, 71 – Convívio Park Residencial – 01/agosto/2011
Diário de Bordo - estamos instalados nesse endereço, um lugar relativamente afastado, o que é bom pois traz sossego e podemos nos concentrar nas dezenas de demandas que surgem a cada dia que passa. Telefonia, banda larga, segurança, telhas fracas e chuvas fortes, mão de obra básica, secretária, cozinheira, faxineira, registro nos serviços públicos, isso só de infra-estrutura pois o, naturalmente, o foco maior são os passos possíveis de serem dados na preparação do filme. Temos um movimentado quarto de hóspedes, onde ficam os técnicos “cabeças” em suas áreas. Passam uns dias em Botucatu, junto ao diretor, resolvendo questões, definindo caminhos e avançando em seus campos. Assim foi feita a leitura do roteiro com os diretores de fotografia e som, com a diretora de arte, a análise técnica com o diretor de produção. Visitamos incontáveis lugares em busca de locações adequadas; entramos em contato com vários atores batalhando um elenco genuíno e forte; falamos com dezenas de empresas em busca de patrocínio. Muita viagem pelas estradas vicinais e autopistas. Labor, labor, labor!





Botucatu, 28/julho/2011 
Diário de Bordo - O quê? Mais de um mês já se passou? Mas, também, o Reinaldo teve que “desmontar” sua casa em Rio Preto e “repassar” várias responsabilidades, sobretudo junto à ONG Atividades Culturais Paratodos, da qual é presidente. Deixou como seu “representante” em Rio Preto, e assim “embaixador” do “Estranhas Cotoveladas”, Pedro Ganga, que já fez de tudo por lá, onde é muito querido, tendo sido inclusive um ótimo secretário da Cultura. E o Reinaldo e sua produtora Taus mudaram-se de armas e bagagens para a cidade onde ele viveu sua adolescência e juventude e que inspira o pano de fundo do enredo do filme: Botucatu. Novas reportagens foram publicadas na imprensa da cidade, com destaque para matéria no jornal Diário da Serra, 31/07 (abaixo).

Guilherme Lisboa, produtor executivo, em São Paulo, cuida dos inúmeros aspectos administrativos necessários para o início dos trabalhos: conta-bloqueio, conta-movimento, “Manual de Prestação de Contas do Proac” (super-rigoroso, e que tem que ser assim mesmo, pois a verba da renúncia fiscal é um dinheiro público), contratação do escritório de contabilidade ”Método”, que já presta serviços à Taus há trinta anos, mas que teve que se aplicar intensamente para entender as nuances desse trabalho, diversos esclarecimentos junto à equipe da Secretaria de Estado da Cultura que cuida do Proac para desenvolver um programa original para o registro dos gastos, contatos formais com nossos parceiros Quanta e Teleimage (o “computer designer” ficou tão entusiasmado que apresentou, na segunda reunião, um “rascunho” da Torre de Pedra pulsando!...).

Contratação oficial da equipe-base: Rivaldo Corulli, o “Maninho”, produtor de tudo, nascido em Pardinho e radialista desde os seis anos de idade; Luiz Carlos Lucena, jornalista multimidia, documentarista, divulgador, assessor de imprensa responsável pelo blog estranhascotoveladas.blogspot.com - Sylvia Bahiense, produtora, relações internacionais, verteu lindamente o projeto para o inglês e para o castelhano; Valéria Valadão, arquiteta, ambientalista, diretora de arte, cenários, figurinos que encontrou na permacultura o estilo adequado pro cenário principal do filme, a casa do Tiê Paixão no sítio Itapedra; Farid José Tavares, diretor de produção que nos últimos anos produz um longa na sequência de outro; José Roberto Eliezer, o “Zé Bob”, um dos maiores diretores de fotografia do Cinema Brasileiro em ação; e o Romeu Quinto, que também é, reconhecidamente, um dos melhores diretores de som da América do Sul. O Ricardo Vignini, violeiro do Matuto Moderno que está produzindo a trilha sonora original em companhia de André Abujamra, Renato Gagliardi, Ricardo Kanji, Shen Ribeiro, Ivan Vilela, Vinícius Alves e outros músicos de primeiríssima expressão. E ainda Guilherme Silveira e o comendador Pedro Tortorella como agenciadores de empresas investidoras, que fizeram inclusive reunião em São Paulo com a Corretora Sagres para compreender os mecanismos da Bolsa de Valores que colocou as ações do filme no mercado.
Em passagem rápida por São Paulo, novamente, Reinaldo e a equipe assistem a pela “Deus da Carnificina”, onde Paulo Betti é um dos atores principais. Na saída registramos em foto o “de acordo” entusiasmado do Paulo e gravamos entrevista em que fala junto com Domingos Meira do seu interesse pelo filme. A entrevista é publicada no blog estranhascotoveladas.blogspot.com - que começa a receber visitas.


São José do Rio Preto, 20/julho/2011
Diário de Bordo - chegam a Rio Preto, Reinaldo Volpato e Luiz Carlos Lucena, que antes passam por Catanduva e se reúnem com a Odyn, a agência que vai cuidar da comunicação visual do filme. Na ocasião foram discutidas as primeiras idéias para a criação de um site das peças de comunicação. No dia seguinte, 21, Guilherme Lisboa chega e encontra a equipe em Rio Preto. Começamos então o trabalho de divulgação, com as primeiras reportagens aparecendo na imprensa. Reinaldo Volpato dá entrevista ao jornal Diário da Região, e no domingo (24/07) é publicada a matéria com meia página e foto do diretor. Na semana seguinte sai nota sobre o filme na coluna de Francisco Tebar, no jornal O Dia. Na rádio, a jornalista Clenira comenta a presença em Rio Preto da equipe do filme.




São Paulo, 15/julho/2011
Diário de Bordo – No final de junho contratamos o jornalista e documentarista Luiz Carlos Lucena, que começou a participar das discussões sobre os novos “caminhos” do projeto e a desenvolver o projeto de divulgação do filme. Assim, no dia 15 de julho, no apartamento do ator Domingos Meira, em São Paulo, a equipe formalizou sua participação no filme. Domingos demonstrou interesse e entusiasmo, discutindo seu personagem no roteiro, que já havia lido duas vezes, confessou. Na foto a comemoração do fato: 

Dois dias depois, 17 de julho, Reinaldo se reúne ainda em São Paulo com a Marinéa Mochizuke, executiva responsável pela empresa Brasil Festeiro, que realiza projetos na área musical. A discussão girou em torno do projeto que envolve a realização da trilha sonora do filme, que seria apresentado à empresa Natura; o projeto que prevê a gravação das músicas em estúdio, a divulgação do filme através da produção de shows, making of e DVD, já foi encaminhado. No dia seguinte a equipe se reúne com Valéria Valadão, que apresentou os primeiros estudos sobre locações, cenários, objetos de cena e figurinos; foi uma reunião importante para o desenvolvimento do projeto arquitetônico do Refúgio Tranquilo, a casa do personagem Tiê Paixão. E tivemos uma sonora reunião com o músico Ricardo Vignini, responsável pela trilha sonora.
 


Diário de Bordo - a Usina São Manoel é um brinco, cada lugar que você olha é um prazer, o almoço é servido num caramanchão ao lado de um laguinho, a comida é saudável e excelente, a conversa e o ambiente são muito gostosos.
Já na chegada atravessamos a avenida que dá acesso à Usina, ladeada de árvores, um primor de atenção com o meio ambiente. Depois de explicações sobre a gênese de um filme que coloca em nossas telas o universo e a rica cultura do “caipira” contemporâneo, o presidente Carlos Dinucci pergunta: “quanto falta para alcançar o teto do Proac?” Reinaldo Volpato: “quinhentos mil”, Carlos Dinucci: “então não falta mais nada...” Alguns dias de burocracia prá cá e prá lá, na virada do mês a Taus tem 600 mil em conta específica aberta no Banco do Brasil, o suficiente para realizarmos a etapa de Pré-Produção…

São Paulo, 20/junho/2011
Diário de Bordo - nós, amigos e colegas de ofício do Reinaldo Volpato, um cineasta brasileiro comprometido com o povão do Interior do estado de São Paulo, batalhadores pelo seu longa “Estranhas Cotoveladas”, estamos todos cruzando nossos dedos: vamos almoçar amanhã com o Carlos Dinucci, Diretor-Presidente da Usina São Manoel.
 Em um ano e meio avançamos um bocado: o filme está registrado, em nome da produtora Taus (plural da letra grega símbolo do Trabalho), nas Leis de Incentivo à Cultura, federal (Lei do Audiovisual) e estadual (Proac); o Reinaldo pôde aprofundar diversos aspectos do roteiro, realizou uma leitura pública no SESC de São José do Rio Preto que foi um verdadeiro acontecimento (com direito inclusive a reportagem na TV Cultura, incluída no blog); convidou profissionais do mais alto nível para a empreitada e não houve um sequer que, depois de conhecer o roteiro, não tivesse se entusiasmado com a perspectiva do trabalho; conseguiu parcerias valiosas para equipamento de filmagem (Quanta) e pós-produção (TeleImage); sensibilizou os empresários e demais empreendedores da região Noroeste do estado de São Paulo, que passaram a se entusiasmar com o projeto do filme. Só que tudo é lento, mesmo com o apoio da Bellman Nutrição Animal, dos Refrigerantes Poty, do Expresso Itamaraty, só amealhamos um sexto dos seiscentos mil reais que necessitamos para a Pré-Produção...













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